Um SESC para Vila Leopoldina

​O projeto a ser desenvolvido, prevê a sua localização no bairro da Vila Leopoldina, situado na zona oeste da cidade de São Paulo, área que vem sofrendo um intenso processo de desindustrialização desde o final da década de 1990, promovendo na região a subutilização de edifícios antes destinados à produção industrial. Esse processo provocou intensas transformações no território, tornando-o atrativo ao mercado imobiliário, que passou a lançar empreendimentos residenciais para a região. Trata-se de uma região com baixa oferta de áreas verdes e lazer, mas com grande oferta de sistemas viários e transporte público que permite fácil acesso da população. Essas características locais se mostram atrativas para a implantação de uma nova unidade do SESC – Serviço Social do Comércio, já que esse tipo de empreendimento oferece cultura, lazer e esportes. O projeto objetiva a abertura da quadra estabelecendo dois eixos de conexão entre a unidade do SENAI e prédio dos Correios, e a estação da CPTM – Imperatriz Leopoldina e o outro, no eixo perpendicular entre a Avenida Imperatriz Leopoldina e o interior da quadra. Partindo disso damos condições para que as diferentes funções do projeto se articulem no terreno. O Partido Arquitetônico determina a construção de um edifício com quatro blocos que setorizam os diferentes usos do local, que se conectam por meio de passarelas e de uma estrutura que os cobre. Essa cobertura cria uma praça que além de funcionar como a entrada principal também abriga áreas de convivência, sendo um espaço de encontro e de estar acolhendo o uso do frequentador. Esta praça também abriga um bosque descoberto trazendo para a região uma área verde. Todos os itens do programa se irradiam tendo como centro a praça. Os blocos se dividem em duas faixas que abrigam as construções com os diferentes usos, o esportivo coberto, o esportivo descoberto, o sócio-educativo e o cultural que abriga o teatro. Se tratando de uma área totalmente urbanizada, desloca-se o conjunto aquático descoberto e as quadras poliesportivas para uma cota cinco metros acima do piso térreo, promovendo a privacidade dos usuários e gerando uma grande área coberta no térreo, onde foi implantada toda a infraestrutura necessária e o conjunto aquático coberto.